sábado, 16 de maio de 2009

Uma crise inédita do capitalismo, tanto em suas características quanto em sua gravidade: análise e perspectivas

Trechos do artigo escrito pelo sociólogo francês Philippe Zafian em novembro de 2008 e publicado na edição de abril da revista Estudos Avançados da USP.

Uma crise inédita do capitalismo, tanto em suas características quanto em sua gravidade: análise e perspectivas

"Os grandes Estados capitalistas (dentre os quais a China e o Brasil encontram-se bem colocados) e as grandes instituições financeiras internacionais sempre estiveram alguns vagões atrasados no desenrolar da crise. "

"Estamos indo rumo a uma brutal alta da tributação sobre as pessoas físicas, sobre os "simples cidadãos", agravando ainda mais uma das causas principais da crise. "

"Num plano estritamente econômico, o capitalismo é um modo de produção muito adaptativo e flexível: ele pode se reerguer, mesmo em detrimento de danos humanos consideráveis e de um forte recuo da democracia. Como a crise é inédita, parece-me impossível, quando não inútil, especular sobre a forma que ela tomaria."

"O "social" é a última roda da carroça. A crise social é e será tanto mais difícil, pois nada foi feito para amortecê-la. O caso da França é emblemático: absolutamente todas as medidas estudadas e já amplamente iniciadas, no programa do candidato Sarkozy, estão totalmente caducas, pois se assentavam sobre a hipótese de um crescimento forte e sustentável. O princípio "trabalhar mais para ganhar mais" não tem mais nenhum sentido, e, além disso, o governo evita tocar no assunto, pois sua única consequência só pode ser: mais desempregados e um aumento do déficit do Estado. Isso vale para todas as medidas de Sarkozy. Consequência: ele navega ao sabor dos ventos e cuida da aparência para não necessitar falar da essência. "

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sexta-feira, 15 de maio de 2009

Crise Internacional


A 65ª ed. da revista Estudos Avançados da USP (aquela mesma que trás os artigos sobre Joaquim Nabuco publicados ontem) publica a primeira parte dos artigos que aprofundam o estudo da atual crise econômica. Vou publicando os links durante a semana. Quem preferir ler tudo de uma vez, encontra todos juntos no sítio da revista.

Argentina, Brasil e México diante da crise internacional Pierre Salama
A crise financeira não deveria chegar à América Latina, segundo a maioria dos economistas e governantes: o conjunto de indicadores de vulnerabilidade melhorou na maior parte dessas economias. No entanto, ela chegou e, à medida que os dias passam, anuncia-se cada vez mais severa. Os indicadores de vulnerabilidade, portanto, não são suficientes para estabelecer prognósticos confiáveis. É necessário combiná-los com indicadores de fragilidade mais confiáveis como a apreciação da taxa cambial, as desigualdades mais elevadas. Quanto piores forem esses indicadores, mais difícil será resistir à crise, e vice-versa. Como a crise nos países desenvolvidos adquiriu um caráter sistêmico e os indicadores de fragilidade não são muito bons, suas repercussões serão consideráveis nessas economias emergentes, apesar de indicadores de vulnerabilidade terem apresentado melhoras. continua



quinta-feira, 14 de maio de 2009

Joaquim Nabuco na Revista do Instituto de Estudos Avançados da USP


Joaquim Nabuco e os abolicionistas britânicos: correspondência, 1880-1905
Aspecto pouco estudado da luta contra a escravidão no Brasil é a relação estabelecida entre Joaquim Nabuco e a Sociedade Britânica e Estrangeira Antiescravidão, sediada em Londres. A correspondência entre Nabuco e Charles Harris Allen, secretário da Sociedade, e outros abolicionistas britânicos, ao longo da década de 1880 e posteriormente, revela uma parceria conscientemente buscada por Nabuco para levar a luta ao plano internacional. As cartas fornecem uma nítida visão das dificuldades encontradas por Nabuco no Brasil e da poderosa ajuda que encontrou em Londres. Uma de suas principais dificuldades foi a acusação a ele feita de falta de patriotismo a que ele respondeu afirmando a estreita relação que via entre pátria e civilização. continua

Herdeiros e vítimas da "conciliação": política e História em Joaquim Nabuco O artigo se propõe a discutir as complexas mediações entre política, memória e escrita da história, tomando como referência o recente livro de Izabel Andrade Marson, Política, história e método em Joaquim Nabuco: tessituras da revolução e da escravidão. Fundamentando-se, igualmente, em considerações de Maria Stella Bresciani e Carlos Alberto Vesentini, o texto procura problematizar procedimentos concernentes ao ofício de historiar. continua

foto: Fundação Joaquim Nabuco

Island row a failure in diplomacy

MIGINGO ISLAND HAS BEEN on the spotlight for more than a month now. The majority of Kenyans has expressed anger and frustration due to lack of clear information as to what is going on between the two sovereign states.

Matters have been made worse by comments made by government officials of the two countries. ‘‘Mijinjo is ours but we have given it to Uganda to take care of it until the issue of ownership is resolved”.

“Migingo is a non-issue at this time because we are in the process of dismantling our boundaries.”

Such statements are not only confusing but also fail to give clear information on the progress made in negotiations. This leaves room for speculation and rumour-mongering among Kenyans.

The rumours that the government sold the island to the Ugandan Government is a result of limited information from the government on the progress being made on the diplomatic front.

Psychologists will tell you that “a rumour is defined as ambiguity times importance.” This definition implies that there is an important issue which has been rendered ambiguous.

“Diplomacy is the conduct of relations between sovereign states through the medium of officials, use of tact in dealing with people or the art of lying for one’s own country.”

There are as many definitions of diplomacy as there are diplomats. But one thing is clear in diplomacy: It is our ability to think about the perception another person has of us.

Traditional diplomacy, predicated on the conduct of formal relations, will no longer stand the test of the time. Boardroom diplomacy with government officials is no longer sufficient to address the 21st century challenges of international issues affecting them.

THE WAY FORWARD FOR MIGINGO is to make use of new diplomacy which is civic, interactive and public. It implies a rethinking of representation and the mastery of a much wider range of strategies, tactics and tools.

Our success will depend on how we manage information and knowledge, both at local and international levels. This is what former President Moi alluded to when he said that the public should be informed about the progress made in negotiations over Migingo.

Government officials must learn and understand that diplomacy is no longer a preserve of the government if they are to achieve substantial progress in their diplomatic engagement.

They must be sober and inclusive to avoid negative public reactions such as what happened in Kibera where youths uprooted the railway line, paralysing transportation between the two states.

More often, Ministry of Foreign Affairs officials have over-reacted when constructive criticism has been levelled against their ministry due to lack of an enlightened foreign policy.

This only signifies a negative attitude towards change and a preference for using old tools of diplomacy, which will not lead us anywhere in the 21st century.

Dr Kenyoru is a former deputy High Commissioner in London and currently the director of the East African Diplomatic Consultants (Kenyoru@eadiplomaticconsultants.co.uk.)

Daily Nation

quarta-feira, 13 de maio de 2009

inglês e um tantinho de francês

Le GATT et le Conseil du commerce des marchandises

L'Accord général sur les tarifs douaniers et le commerce (GATT) régit le commerce international des marchandises. C'est le Conseil du commerce des marchandises, composé de représentants de tous les pays Membres de l'OMC, qui veille au fonctionnement du GATT. Le Président est actuellement S.E. Mme Karen TAN (Singapour).

Le Conseil du commerce des marchandises chapeaute diz comités qui s'occupent chacun d'un sujet précis (agriculture, accès aux marchés, subventions, mesures antidumping, etc.). Ces comités sont eux aussi composés de représentants de tous les pays membres.

Le Conseil du commerce des marchandises coiffe également le Groupe de travail des entreprises commerciales d'État et le Comité de l'Accord sur les technologies de l'information (ATI).

12 mai 2009

CONSEIL DU COMMERCE DES MARCHANDISES

Le Conseil du commerce des marchandises proroge une dérogation pour les pays les plus pauvres

Le Conseil du commerce des marchandises a approuvé, le 12 mai 2009, une prorogation pour une période de dix ans d’une dérogation de l’OMC autorisant les pays en développement à accorder un traitement tarifaire préférentiel aux produits des pays les moins avancés (PMA) sans être tenus d’accorder le même traitement tarifaire aux autres Membres de l’OMC. La décision va maintenant être soumise au Conseil général pour adoption.

Brazil, China, India and Korea proposed the extension of the waiver, which was set to expire on 30 June 2009.

India, speaking on behalf of the sponsors of the proposal, said that “over the last few years developing countries have been finding means within their own developmental imperatives to meet the requirements of the LDCs and grant them meaningful concessions...given the right environment and enabling provisions the developing countries can be encouraged to enhance their efforts.”

Tanzania said the LDC Group had been “very much inspired by the goodwill shown by the membership in approving the extension.”

The Council also approved one-year extensions, respectively, to waivers granted to Argentina and Panama in connection with the introduction of Harmonized System 1996 changes into WTO schedules of tariff concessions. These draft decisions have also been forwarded to the General Council.

On a related matter, the Council approved a decision on procedures leading to the verification and certification of Harmonized System 1996 changes the WTO Secretariat had undertaken to tariff schedules of 64 developing-country members. This decision also goes to the General Council for adoption.

The Council noted the recent notification of two free-trade agreements: between Costa Rica and Panama, and between China and New Zealand.

Turkey presented an updated version of its compilation of recent research of main trends after the phase-out of quantitative restrictions in the textiles sector. The paper proposed that the WTO take a coordinating role in overcoming economic difficulties encountered by developing countries in the post-quota period. Turkey suggested a detailed discussion of the paper at the next meeting.

Jordan, El Salvador, the Dominican Republic, Mauritius and Morocco expressed support for Turkey's paper. Korea said that any trade-related matter can be discussed by the Council.

China, Pakistan, India, Korea and Hong Kong, China expressed concern that the paper might be aimed at reversing trade liberalization, and stressed that it would never enjoy consensus in the Council.

The chair, Amb. Elin Østebø Johansen (Norway), said that it was clear members were far from an agreement on this issue, with some wanting it to remain on the agenda and some others wanting to take it off the agenda. She urged interested delegations to meet among themselves to find a way forward. The Council agreed to revert to this item at the next meeting (29 June 2009), but that if the discussions remained inconclusive, this agenda item would be suspended.

OMC